Texto: Anderson Awvas

Mãe d’Ouro: Uma aventura incandescente

ATENÇÃO: O projeto a seguir está em desenvolvimento para uma futura adaptação em quadrinhos ou animação. Este resumo está em constante atualização. Qualquer dúvida envie um e-mail para ola@folclorebr.com

O argumento:

Após um dia agitado onde foi vítima de racismo na escola, Aiyra recebe a assustadora visita de um ser mágico chamado Fogo Fátuo, um pequeno pássaro de fogo, que diz ter a missão de leva-la ao encontro de sua mestra. Contra sua vontade, a menina de 12 anos é guiada ao encontro de Inara, mulher que revela ser sua mãe que estava desaparecida desde quando era muito pequena.

Abraçada por chamas cintilantes, Inara revela sua forma e se torna uma entidade celestial conhecida entre as lendas como a “Mãe d’Ouro”. Ela concede parte de seus poderes na esperança que sua enfraquecida chama permaneça acesa através de sua filha para que, assim, possa ajudar a libertar uma espécie de reino dourado existente no fundo de uma caverna escondida no Cerro do Jarau, uma vasta e enigmática região localizada ao oeste do Rio Grande do Sul formada pela queda de um asteroide a milhões de anos atrás.

Este suposto reino foi isolado por um outro ser lendário que Inara suspeita ser a invejosa Teiniaguá, uma antiga princesa Moura que foi transformada em lagarta há mais de 1 século atrás por conta de suas ambições.

Mesmo relutante a seguir as “ordens” de sua recém ressurgida “mãe do ano com poderes mágicos”, a jovem segue viagem com a ajuda do pássaro guerreiro Fogo Fátuo e alguns amigos para enfrentar vários desafios em um labirinto cheio de quebra-cabeças no interior de um Brasil absolutamente fantástico.  

Artes e Referências

Nesta arte apresento a Mãe d’ouro numa repaginação para se encaixar no lado oposto ao frio congelante de Frozen, animação da Disney de 2013.

Gostaria de preservar a Mãe do Ouro como uma entidade superiora e achei mais interessante pensar em uma nova personagem para ganhar poderes ajudando a trazer relacionamentos mais profundos entre personagens e soar algo menos apelativo. A lenda é mais conhecida de regiões mais ao sul/sudeste do Brasil, geralmente representada como uma mulher com cabelos dourados que se transforma em uma bola fogo (ou vice-versa), ou somente uma bola de fogo que é defensora de jazidas de ouro que não devem ser tocadas pelo homem.
  
Aiyra, nome da personagem principal, significa “filha” em Tupi Guarani ou uma possível variável de “A’irah” que significa “aquela que não tem dono” ou “aquela que é respeitada” em alguma língua árabe (mas não encontrei uma confirmação 100% disso). Inara, nome dado a Mãe d’Ouro na sua forma humana, veio da música do Katinguelê a princípio (rs).

Como referência para a história adicionei uma referência ao cerro do Jarau (que fica em Quaraí no Rio grande do Sul, divisa com o Uruguai) que é uma formação rochosa causada pela queda de um corpo celeste há milhões de anos atrás. O lugar é rodeado de lendas, claro, sendo a “Salamanca do Jarau” a mais conhecida e que conta a história de uma princesa Moura amaldiçoada que veio fugida da Espanha.

Além de reunir alguns elementos visuais de fogo e ouro fundido, decidi que separar o Fogo Fátuo numa chama azul por conta da sua possível relação com o fenômeno que envolve uma reação química em pântanos resultando na combustão de gases, além de ser bom para tentar dar uma quebrar na cor e torna-lo ainda mais interessante.